4 de fev. de 2013

Ciência e Espiritualidade. É possível?

(Nelson Travnik) Neste século em que tudo acontece e se transmite tão rapidamente, a ânsia das pessoas por verdades duradouras vem se tornando cada vez maior. O intercâmbio de informações entre culturas diferentes é ao mesmo tempo estimulante, assustadora e pode ser entendida como um monstro de duas cabeças, capaz de propiciar conhecimento, cultura, tecnologia bem como disseminar todo tipo de ódio, violência e criminalidade. Para isso contribui os filmes e jogos eletrônicos com cenas de indescritível violência.

Com anuência dos pais, os brinquedos vão dando lugar a ‘chupeta’ eletrônica’. Adolescentes armados intimidam colegas, afrontam os professores e promovem chacinas. O resultado é uma sensação de pânico e fragilidade que ameaça polarizar a sociedade a níveis insuportáveis.

Neste clima surgem então os oportunistas que se apresentam como única alternativa para nosso “mundo louco”. Nada mais natural a proliferação de novas religiões, novas crenças, profetas e arautos da ‘nova era’ que, graças aos menos esclarecidos, realizam ‘milagres’, prometem maravilhas e naturalmente acumulam imensas fortunas.

Para eles, o inferno e o apocalipse é uma dádiva de Deus. A astronomia nos mostra que, embora remota, é real a possibilidade da colisão de um asteroide ou cometa com a Terra. Essas colisões fazem parte do processo cósmico de evolução com inúmeras criações e destruições.

Na Terra já experimentamos cinco extinções em massa. A última há 65 milhões de anos dizimou 75% da vida em nosso planeta e nesse ‘pacote’ lá se foram os dinossauros. A maior há 250 milhões de anos extinguiu praticamente a vida no planeta e foi necessário novo recomeço. A colisão do cometa Shoemaker-Levy com Júpiter em 1994, fosse na Terra, você não estaria lendo esse artigo.

Os vestígios de colisões nos planetas, satélites e nos próprios asteroides estão por toda parte. Nesse coquetel de catástrofes, soma-se as violentas transformações geológicas e geofísicas, capazes de provocar a extinção de grande parte da vida no planeta.

A ciência nos aproxima da natureza e nos transporta a uma percepção do mundo que pode ser também profundamente espiritual. Albert Einstein (1879-1955) justificava sua devoção à ciência como “sentimento religioso cósmico”, dizendo que a religião sem ciência é coxa e que sem ciência a religião é cega.

Nesse contexto e raciocínio, poderíamos concluir que fé verdadeira é aquela que justifica o comportamento humano e encara a razão frente a frente em todas as épocas da humanidade : das cavernas as conquistas espaciais. Com este pensamento, com esta filosofia, estaremos incólumes quando ainda nesse século as potentes antenas dos nossos radiotelescópios receberem aquela tão aguardada mensagem : também estamos aqui !.

A partir desse momento, religiões e crenças terão que se adaptar a realidade da pluralidade dos mundos habitados defendida pelo astrônomo francês Camille Flammarion (1842-1925) em 1862. Como isto irá acontecer, sob que roupagem, só nos resta aguardar.

2 comentários:

  1. Muito bom artigo, ajuda a esclarecer, levar um pouco de luz a escuridão ...

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  2. Anônimo5/2/13 16:55

    Muito bom artigo, eu gosto muito do fisico criacionista Prof. Adauto Lourenço, se puder de uma olhada nos videos dele no youtube sobre As Origens, onde ele faz uma palestra sobre essa questão de ciencia e religião, acredito que precisamos no apoiar em crenças que faz bem para a nossa vida, independente da religião, até por que conheço varias pessoas que foram transformadas e regeneradas socialmente atraves da religião (evangelica), da mesma forma que conheço pessoas oportunistas e aproveitadoras, acredito que ciencia e religião existem mais semelhanças do que diferenças, quanto mais estudamos sobre o universos, mais descobrimos comportamentos sobrenaturais, que quebram todas as leis fisicas que conhecemos, o maximo que podemos fazer é observar essas maravilhas cosmicas diante das lentes de nossos telescopios, se a religião faz uma pessoa moralmente melhor do que uma sem, ela tem um valor precioso aos olhos da sociedade no papel de formação humana. Existem varias linhas de pensamentos que podemos escolher acreditar, criacionismo x evolucionismo, cada pessoa tem o livre arbitrio de escolher aquilo que mais sente paz e principalmente, sente alegria de viver, que preenche o ser dela, acredito que uma sociedade mais civilizada é aquela em que há interação de um ser humano com o outro onde um é luz na vida do outro, pois todos nos buscamos relações saudaveis com as pessoas ao nosso redor, seja cientistas ateus, cristãos, espiritas, etc, pois creio que seja importante até o mais renomado cientista, cultivar o jardim de sua alma para que não fique amargo, mesquinho e vazio, mesmo diante de nossos desejos de descobrir vida fora da terra, que é um dos eternos sonhos humanos!

    Como dizia um velho sabio, a vida é um misterio para ser vivido e não um enigma para ser decifrado!

    Cordial abraço,

    Deiverson
    Ceamig - Belo Horizonte

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