17 de out. de 2013

Jornada de foguetes estimula a aprendizagem de Física

Evento contará com a presença do astronauta Marcos Pontes




Professores e alunos de todo o país vão participar da V Jornada de Foguetes realizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). O evento vai acontecer entre os dias 28 de outubro e 3 de novembro na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, e contará com a participação de 500 participantes. Além de material didático, os vencedores, esse ano, receberão um troféu em formato do foguete brasileiro VSB-30. Nos anos anteriores, foram as réplicas do VLS (Veículo Lançador de Satélites) e do foguete Sonda III.

Durante o evento, os estudantes irão apresentar os seus foguetes de garrafa pet e suas respectivas bases de lançamento. Todos os protótipos serão movidos a combustível líquido composto de vinagre e bicarbonato de sódio (fermento em pó). O programa ainda contará com palestras de astrônomos e especialistas em astronomia e astronáutica, entre eles, o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes.

Os grupos foram selecionados a partir da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). A edição de 2013 recebeu mais de 53 mil alunos, 10 mil a mais do que no ano passado. A MOBFOG é aberta aos alunos de escolas públicas e particulares. A finalidade é avaliar a capacidade dos jovens de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet ou de canudo de refrigerante.

Somente os participantes do nível 4 (projetos de foguetes de garrafa pet movido a vinagre e fermento em pó) são convidados para a Jornada. Além da distância dos protótipos, registrados em vídeo, os trabalhos também são avaliados por meio dos relatórios enviados pelos estudantes e professores à coordenação da Mostra. Caso a escola esteja dentro das regras e atinja o objetivo, é indicada.

A jornada terá como apoiadores a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Agência Espacial Brasileira (AEB), a Fundação Marcos Pontes, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Jornada científica
Os projetos serão lançados numa pista de pouso de um hotel-fazenda no interior do Rio de Janeiro. Para a execução da prova, o material é devidamente fixado na base, que deve ser presa ao chão com grampos. Em inclinação de 45º, será apontado numa direção livre de pessoas, árvores altas, fios elétricos, móveis, estabelecimentos ou residências, mantendo todos afastados num diâmetro de 10 metros.

Antes de lançar o foguete, o grupo deverá promover contagem regressiva. Depois, o gatilho, que pode ser usado em forma de barbante, é puxado secamente. Nesse momento, o foguete sai da base violentamente num movimento parabólico, atingindo entre 100 e 200 metros ou mais.

Para o combustível é usada a força de empuxo gerada a partir do gás produzido pela mistura química de vinagre com bicarbonato de sódio (fermento em pó). Os vencedores são definidos a partir da combinação ideal entre o volume do material, a quantidade e o tamanho das aletas, o ângulo de lançamento, a direção do vento e o tamanho e o peso do foguete, além, claro, do alcance obtido.

Os foguetes funcionam baseados na 3ª Lei de Newton, sobre ação e reação. Eles consistem, basicamente, em um projétil que leva combustível - sólido ou líquido - no seu interior. Esse material é queimado progressivamente na câmara de combustão, gerando gases quentes que se expandem. Esses, por sua vez, são expelidos para trás por um bocal (abertura na traseira). Nesse momento, ocorre uma reação na parede interna da câmara oposta ao bocal. Essa reação - à qual damos o nome de empuxo - e a expulsão dos gases empurram o foguete para frente.

Tanto na Jornada quanto na Mostra, utiliza-se como combustível uma mistura química de vinagre com bicarbonato de sódio (fermento em pó), mas somente para os alunos do ensino médio.

O júri, para a decisão dos vencedores, será composto pelos professores de todas as equipes presentes. Os seguintes pontos vão ser analisados pela banca examinadora: acabamento e originalidade do foguete; acabamento e originalidade da base; segurança e apresentação da equipe participante.

Ficou curioso? Quer aprender a construir um foguete de garrafa pet e participar da próxima MOBFOG? Veja alguns vídeos com dicas e participe da próxima edição:

Oficina de foguetes - parte 01:


Oficina de foguetes - parte 02:


Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)
Site: http://www.oba.org.br

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