17 de jul. de 2014

Um grande marco para a astronomia brasileira

(João Batista Garcia Canalle - Diário da Manhã) A astronomia é uma das mais antigas ciências. E, até hoje, desperta interesse em pessoas de todas as idades. Quem nunca olhou para o céu e ficou admirando o brilho intenso da lua cheia ou as diferentes cores aparentes das estrelas? Mas a astronomia não se resume a isso. Vai muito além. Por isso, é preciso que os professores se especializem cada vez mais para que possam transmitir informações atuais e corretas para os seus alunos.

E foi com essa missão que, em 2009, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) criou os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia (Ereas). O objetivo era capacitar, de maneira contínua, professores dos ensinos fundamental e médio. Em média, por edição, são atendidos 120 educadores.

Nesse ano, ultrapassamos o nosso 50º Erea, uma marca impressionante para um país no qual a ciência ainda engatinha lentamente. Conseguimos levar o conhecimento dessa ciência para quase 6 mil professores de Norte a Sul do Brasil, indo de capitais até cidades longínquas do interior. Além disso, distribuímos 2.000 galileoscópios (lunetas). Nessas ocasiões, são expostas novas metodologias na área das ciências espaciais e são sugeridas atividades práticas.

Passamos pelos Estados do Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e até em Santa Fé, na Argentina.

A missão central dos encontros é debater e compartilhar práticas pedagógicas voltadas ao ensino da astronomia, além de divulgar o valor dessa ciência em âmbito regional.

Os Ereas contam com o apoio de parcerias locais e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e junto ao Instituto Nacional de Estudos Espaciais (INespaço). Muito se tem feito. Mas sabemos que ainda é pouco.

O País tem hoje 50 milhões de alunos, dois milhões de professores e 190 mil escolas. A ciência precisa de mais investimentos para capacitar mais educadores. Para tanto, são necessários mais recursos. Nosso sonho é cobrir todo o território nacional. E é só por meio da disseminação científica que, no futuro, seremos uma grande potência do conhecimento.

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