24 de out. de 2014

Jornada de Foguetes aproxima jovens das ciências espaciais

Com o olhar para o futuro, evento chega à 6ª edição com a presença de Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro

(JC) Você sabia que um foguete de garrafa pet pode voar quase 300 metros de distância? Caso duvide, a VI Jornada de Foguetes, organizada pela VIII Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), mostrará que é possível. Além de estimular o aprendizado dos jovens, ao colocarem a teoria em prática, o evento, que será realizado na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, entre os dias 27 de outubro e 2 de novembro, ainda contará com a presença de Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro.

Foram inscritos 600 estudantes e professores. Esse ano, os vencedores receberão não só o material didático como também um troféu no formato do foguete brasileiro VSB-30. Nos anos anteriores, foram as réplicas do VLS (Veículo Lançador de Satélites) e do foguete Sonda III.

Os grupos foram selecionados a partir da VIII MOBFOG. A edição de 2014 recebeu mais de 60 mil alunos, quase 10 mil a mais do que no ano passado.

Durante a jornada, os jovens vão apresentar os seus foguetes de garrafa pet e suas bases de lançamento. Os protótipos serão movidos a combustível líquido composto de vinagre e bicarbonato de sódio (que pode ser encontrado no fermento em pó). Além dos lançamentos, o programa ainda vai promover palestras de astrônomos e especialistas em astronomia e astronáutica.

Os vencedores serão aqueles que lançarem mais longe os foguetes. Além disso, haverá prêmios para as seis melhores apresentações. O júri, para essa avaliação, será composto pelos professores de todas as equipes presentes. Serão analisados pela banca examinadora os seguintes pontos: acabamento e originalidade do foguete; acabamento e originalidade da base; segurança e apresentação da equipe participante. Os participantes também concorrem a 35 bolsas de iniciação científica júnior, oferecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A MOBFOG
Realizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a inciativa é aberta aos alunos de escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio. A finalidade é avaliar a capacidade dos jovens de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet ou de canudo de refrigerante, conforme o nível do aluno.

Somente os participantes do nível 4 (projetos de foguetes de garrafa pet movido a vinagre e bicarbonato de sódio) são convidados para a Jornada. Além da distância dos protótipos, os trabalhos também são avaliados por meio dos relatórios enviados pelos estudantes e professores à coordenação da Mostra. Caso a escola esteja dentro das regras e atinja o objetivo, é convidada para participar da Jornada de Foguetes.

A iniciativa terá como apoiadores a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Agência Espacial Brasileira (AEB), a Fundação Marcos Pontes, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Os lançamentos
Os foguetes serão lançados numa pista de pouso, de pequenos aviões, de um hotel-fazenda no interior do Rio de Janeiro. Para a execução da prova, o protótipo deve ser fixado na base, que é fincada no chão. Em inclinação de 45º, será apontado numa direção livre de pessoas, árvores altas, fios elétricos, móveis, estabelecimentos ou residências, mantendo todos afastados num diâmetro de 10 metros.

Antes do lançamento, o grupo deverá promover contagem regressiva. Depois, o gatilho, que pode ser usado em forma de barbante, é puxado secamente. Nesse momento, o foguete sai da base violentamente num movimento parabólico, atingindo entre 100 e 200 metros ou até mais, dependendo, claro, da aerodinâmica dada ao foguete e da optimização das quantidades de vinagre e bicarbonato de sódio.

Para o combustível é usada a força de empuxo gerada a partir do gás produzido pela mistura química de vinagre com bicarbonato de sódio (fermento em pó). Os vencedores são definidos a partir da combinação ideal entre o volume destas substâncias, a quantidade e o tamanho das aletas, o ângulo de lançamento, a direção do vento e o tamanho e o peso do foguete, além, é claro, do alcance obtido.

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)
Site: http://www.oba.org.br
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E mais:
Alunos do ES são classificados para Olimpíada Brasileira de Astronomia (G1 com vídeo)
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Estudantes de AL são selecionados para Jornada Brasileira de Foguetes (G1)
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Estudantes de Rio do Sul constroem foguete com garrafa pet e participam de torneio no Rio de Janeiro (Ricmais)

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